Em uma assembleia geral agitada convocada pelo sindicato dos professores de Matões na noite de terça-feira, o clima esquentou quando o ex-presidente do sindicato e atual vereador Clemilton Loureiro foi alvo de pressão pública. Embora a principal pauta da reunião fosse o pagamento dos precatórios do FUNDEF aos educadores locais, as atenções se voltaram rapidamente para as acusações contra o vereador.
Os professores presentes expressaram indignação em relação a uma taxa de 50 reais cobrada por Clemilton durante sua gestão como presidente do sindicato. De acordo com relatos, o escritório Borges Leal Advogados Associados foi contratado, sendo pago R$ 50,00 por sócio para iniciar os procedimentos e mais 15% no final da ação.
No entanto, desde a contratação do escritório, nenhuma medida judicial, administrativa ou ação legislativa foi tomada até o momento, conforme a nota do SINTRAED. Além disso, uma procuração assinada pelo EX-PRESIDENTE Clemilton Loureiro da Silva em dezembro de 2023 foi utilizada em uma ação, com o escritório informando a entidade apenas em março de 2024, gerando dúvidas sobre o procedimento realizado.
Visivelmente constrangido, Clemilton Loureiro tentou se defender das acusações, mas não conseguiu acalmar os ânimos dos professores irritados. Diante das cobranças, o vereador se viu obrigado a deixar a reunião sob forte pressão dos presentes, sem oferecer explicações satisfatórias.
Agora, sob escrutínio público, o vereador Clemilton Loureiro terá que dar explicações não apenas aos seus colegas professores, mas a toda a cidade sobre as acusações contra ele. O sindicato dos professores planeja abrir uma sindicância para investigar a conduta do ex-presidente Clemilton Loureiro.
Veja a nota ⤵️
NOTA SINTRAED
Na assembleia de hoje foi apresentada aos sócios a ata da assembleia do dia 18/05/2018, onde foi pontuado que nela consta a contratação de uma assessoria jurídica para pleitear judicialmente, administrativamente e no legislativo o repasse do FUNDEF. Ocasião em que foi contratado o escritório Borges Leal Advogados Associados, onde foram pagos R$ 50,00 (cinquenta reais) por sócio para inicio dos procedimentos e foi cobrado mais 15% (quinze por cento) no final da ação.
Ocorre que desde a contratação deste escritório nenhuma medida judicial, administrativa e atuação junto ao legislativo foi realizada até hoje. A não ser uma ação protocolada em dezembro de 2023 junto a justiça do trabalho, buscando declaração que 60% (sessenta por cento) do repasse do FUNDEF pertence aos professores.
O que se destaca é que a procuração utilizada nessa ação em dezembro de 2023, ainda era do EX PRESIDENTE Clemilton Loureiro da Silva (como se o mesmo ainda fosse presidente), que o escritório só veio avisar a entidade em meados de março de 2024 e que só trataria do assunto no dia da audiência marcada, gerando duvidas acerca do procedimento realizado.
A demanda judicial foi julgada pela justiça do trabalho e o sindicato foi condenado a pagar custas processuais de mais de R$ 895.000,00 (oitocentos, noventa e cinco mil reais).
Nesse sentido após discussões e esclarecimentos ficou decidido por assembleia por unanimidade a revogação dos poderes outorgados ao escritório acima mencionado, devendo a diretoria informa-los sobre a deliberação.
Além disso o ex presidente *Clemilton Loureiro da Silva foi questionado por sócios do SINTRAED acerca do pagamento da entrada de *R$ 50,00* (cinquenta reais) ao escritório de advocacia contratado para dar inicio as demandas compreendidas na ata de 2018.
O ex presidente tomou posse da palavra, contudo não respondeu aos questionamentos, apenas defendeu o escritório contrato por ele, apesar de nenhum trabalho prestado aos sócios, e se retirou do local com a assembleia ainda em andamento.
Tendo em vista o silêncio sobre os questionamentos do valor pago de entrada, o SINTRAED irá buscar junto a sua assessoria jurídica a responsabilização dos envolvidos para contratação deste escritório em que não houve prestação de serviço.
Adailson de Sousa Lima
Presidente do Sintraed-Matões
A nota também foi Divulgada no grupo do Próprio sindicato e em outros grupos
Por Lourenço Dantas